segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Coluna Diácono Souza


05 de Janeiro 2013 - A FÉ

Neste "Ano da Fé", a Coluna Diácono Souza publica neste mês de Janeiro uma série de 4 artigos sobre a Fé. 
Diácono José Souza é colunista do Jornal A Voz da Paróquia Santíssimo Sacramento, ....

Parte 1 - A Fé explicada

Na religião tudo se baseia na fé. Sem ela, não há nada. Por isso devemos começar por concentrar a atenção na virtude da fé. Sabemos que nessa virtude infundida na nossa alma, juntamente com a graça santificante, no momento do batismo, mas sabemos também, que ficaria anquilosada na nossa alma se não a vitalizássemos mediante atos de fé. Fazemos um ato de fé de cada vez que assentimos conscientemente às verdades reveladas por Deus, não precisamente por as compreendermos plenamente, não precisamente por terem sido demonstradas, e a prova nos ter convencido cientificamente, mas sim, primordialmente, porque Deus as revelou. Deus, por ser infinitamente sábio, não pode enganar-se. Deus por ser infinitamente verdadeiro não pode mentir. Em consequência, quando diz uma coisa é assim e não de outra maneira, não se pode pedir certeza maior.
É fácil ver a razão por que um ato de fé e um ato de culto a Deus. Quando digo: “Meu Deus, creio nestas verdades porque as revelastes, e Vós não podeis enganar-vos nem enganar-me”, estamos honrando a sabedoria e a veracidade infinitas de Deus do nodo mais prático possível aceitando-as com base na sua palavra.
Este dever de dar culto a Deus pela fé impõe-nos umas obrigações concretas. Deus não faz as coisas sem motivo. É evidente que, se nos deu a conhecer certas verdades, é porque de algum modo elas seriam úteis para alcançarmos o nosso fim, que é dar-lhe glória pelo conhecimento, pelo amor e pelo serviço. Assim, saber que verdades são essas converte-se numa responsabilidade para nós, segundo a nossa capacidade e oportunidades.
A nós que já possuímos a fé, temos que ver se não dormimos sobre os louros. Não podemos estar tranquilos pensando que, por termos frequentado um colégio onde nos ensinaram o catecismo na juventude, já sabemos tudo o que precisamos sobre religião.
Uma mente adulta necessita de uma compreensão de adulto das verdades divinas. Ouvir com atenção sermões e práticas, ler livros de doutrina cristã, participar de cursos ou círculos de estudo sobre temas da fé e de vida cristã não são simples questões de gosto, coisas em que nos ocupamos. Não são práticas piedosas para almas devotas. É um dever essencial procurarmos um adequado grau de conhecimento da nossa fé, e esse dever resulta do primeiro dos mandamentos. Não podemos fazer atos de fé sobre uma verdade ou verdades que nem se quer conhecemos.
Muitas tentações sobre a fé, se as temos, desapareceriam se nos déssemos ao trabalho de estudar um pouco mais as verdades da nossa fé.
O primeiro mandamento não nos obriga apenas a procurar as verdades divinas e a aceitá-las. Também nos pede que façamos atos de fé, que prestemos culto a Deus pela adesão explícita da nossa mente às suas verdades, uma vez alcançado o uso da razão. Quando devo fazer atos de fé?  Com frequência, mas sobretudo quando chega ao meu conhecimento uma verdade de fé que ignorava anteriormente. Devo fazer um ato de fé quando se apresenta uma tentação contra esta virtude ou contra outra qualquer virtude ou contra outra qualquer em que  a fé esteja implicada. Devo fazer um ato de fé muitas vezes na vida, para que a virtude não fique inativa por falta de exercício. A prática habitual do bom cristão são atos de é diariamente, como parte das orações da manhã e da noite.
O primeiro mandamento obriga-nos a conhecer o que Deus revelou e a crer nessas verdades firmemente. Isto é o que significa praticar a virtude da fé. Sempre que deixamos de fazê-lo pecamos contra a fé.
Fonte: Léo J. Trese

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